Contam as tradições populares da Índia
que existia uma serpente venenosa em certo campo. Ninguém se aventurava a
passar por lá, com medo de receber um bote. Mas um dia, um santo homem, a
serviço de Deus, passou pela região, mais confiado no Senhor que em si mesmo. A
serpente o atacou, desrespeitosa. Ele dominou-a, porém, com o olhar sereno, e falou: “MINHA
FILHA, É DA LEI DIVINA QUE NÃO FAÇAMOS MAL A NINGUÉM.” A víbora recolheu-se,
envergonhada. O sábio continuou o seu caminho e a serpente modificou-se completamente.
Procurou os lugares habitados pelo homem, como desejosa de reparar os antigos
crimes. Mostrou-se integralmente pacífica, mas, desde então, começaram a abusar
dela. Quando perceberam a submissão absoluta da serpente, homens, mulheres e
crianças davam-lhe pedradas. A infeliz recolheu-se à toca, desalentada. Vivia
aflita, medrosa, desanimada. Eis, porém, que o santo homem voltou pelo mesmo
caminho e resolveu visitá-la. Ele espantou-se, observando tamanha ruína. A
serpente contou-lhe, então, a história amargurada. Desejava ser boa, afável e
carinhosa, mas as criaturas perseguiam-na e apedrejavam-na. O sábio pensou,
pensou e respondeu após ouvi-la: “MAS, MINHA IRMÃ, HOUVE ENGANO DE TUA PARTE.
ACONSELHEI-TE A NÃO MORDERES NINGUÉM, A NÃO PRATICARES O ASSASSÍNIO E A
PERSEGUIÇÃO, MAS NÃO TE DISSE QUE EVITASSES DE ASSUSTAR OS MAUS. NÃO ATAQUES AS
CRIATURAS DE DEUS, NOSSAS IRMÃS NO MESMO CAMINHO DA VIDA, MAS DEFENDE A TUA
COOPERAÇÃO NA OBRA DO SENHOR. NÃO MORDAS, NEM FIRAS, MAS É PRECISO MANTER O
PERVERSO A DISTÂNCIA, MOSTRANDO-LHE OS TEUS DENTES E EMITINDO OS TEUS
SILVOS.”
Observação de Rudymara: Esta lenda está no livro Os Mensageiros, escrito por André Luiz, psicografado por Chico Xavier. Ela deixa claro que, devemos ser bom, tolerante, manso e pacífico, mas quando convivemos com “cobras”, que nos atacam, maltratam, ofendem, que são grosseiros, hostis, não devemos justificar nossa submissão dizendo que devemos ter paciência, tolerância e relevar. Estamos perdendo a oportunidade de ajudar o agressor a enxergar sua agressividade, sua falta de amor ao próximo, seu orgulho e egoísmo acentuado. Como fazemos isso? Mostrando nossos dentes, sem ferir, sem ofender, mas aprendendo a falar “não” na hora certa. Eu “não” quero ser tratada assim; eu “não” quero ser humilhada; eu “não” vou admitir sua grosseria; eu “não” vou fazer o que você quer porque você não faz o que eu quero; eu “não” vou com você porque você não vai comigo; etc.
Por que, neste mundo, a influência dos maus geralmente sobrepuja a dos bons?
Por fraqueza dos bons. Os maus são intrigantes e audaciosos; os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, haverão de preponderar.
Observação de Rudymara: Esta lenda está no livro Os Mensageiros, escrito por André Luiz, psicografado por Chico Xavier. Ela deixa claro que, devemos ser bom, tolerante, manso e pacífico, mas quando convivemos com “cobras”, que nos atacam, maltratam, ofendem, que são grosseiros, hostis, não devemos justificar nossa submissão dizendo que devemos ter paciência, tolerância e relevar. Estamos perdendo a oportunidade de ajudar o agressor a enxergar sua agressividade, sua falta de amor ao próximo, seu orgulho e egoísmo acentuado. Como fazemos isso? Mostrando nossos dentes, sem ferir, sem ofender, mas aprendendo a falar “não” na hora certa. Eu “não” quero ser tratada assim; eu “não” quero ser humilhada; eu “não” vou admitir sua grosseria; eu “não” vou fazer o que você quer porque você não faz o que eu quero; eu “não” vou com você porque você não vai comigo; etc.
Por que, neste mundo, a influência dos maus geralmente sobrepuja a dos bons?
Por fraqueza dos bons. Os maus são intrigantes e audaciosos; os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, haverão de preponderar.
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