quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Chico Xavier e os Obsessores





Em conversa reservada conosco, em sua casa, Chico certa vez nos disse, enquanto íamos anotando resumidamente a sua palavra:
"Eu já sofri, meu filho, o assedio de muitos espíritos que, de todas as maneiras, tentaram comprometer a tarefa do livro por nosso intermédio; os Bons Espíritos, Emmanuel, sempre estiveram comigo, mas nunca me isentaram das lutas que são minhas...
Houve época em que o assedio deles, dos espíritos infelizes, durava semanas e até meses; eles queriam que eu abandonasse tudo...
Ora, deixar tudo para fazer o que?
Colocavam idéias estranhas na minha cabeça - deitava-me e levantava-me com elas, mas eu não podia parar...
Perguntava a Emmanuel, ao Dr. Bezerra, se alguma coisa poderia ser feita, porque eu não estava agüentando; eram perturbações no espírito e sinais de doença no corpo, doenças-fantasmas evidentemente, dores por todos os lados, um pavor inexplicável da morte...
Eles me diziam que eu tivesse paciência, porque, com o tempo, tudo haveria de passar.
Mas não passava...
Às vezes, para mim, um dia parecia uma eternidade.
Então, não me restava alternativa, há não ser continuar trabalhando sob aquela pressão psicológica tremenda.
Escutava espíritos perturbadores gargalhando aos meus ouvidos, me ironizando - e eu já estava na mediunidade havia um bom tempo!...
Na hora do serviço da psicografia, eles desapareciam, mas depois, voltavam.
Eu não podia viver em transe: tinha que cuidar da vida.
Apanhei muito dos espíritos inimigos da Doutrina, não a socos ou pontapés, mas a alguma coisa equivalente...
Não foi fácil.
Somente a custa de muita oração e trabalho na caridade é que fui me desligando naturalmente daqueles pensamentos.
Não pensem que tudo para mim, na mediunidade, tenha sido um mar de rosas; por vezes, eu me sentia sitiado - de um lado, a incompreensão dos encarnados e, de outro, o assedio espiritual que, em verdade, em maior ou menos grau, todo médium experimenta. "
E prosseguiu:
"Já conversei com muitos companheiros de valor na mediunidade que estavam estreitamente vampirizados pelos espíritos, que a eles pareciam colados, como se estivessem sugando a sua energia mental...
Não é brincadeira.
Os espíritos, em maioria, quando deixam o corpo, ficam por aqui mesmo.
Poucos são os que acham o caminho para as Dimensões Mais Altas...
O médium que não persevera na tarefa e que, doente como estiver, não procura cumprir com os deveres acaba anulado pelos seus desafetos invisíveis de outras vidas...
Emmanuel me perguntava:
- "Chico, o que é que você tem?"
Eu respondia a ele:
- "Estou triste, deprimido..." então, vamos trabalhar - me respondia -, porque, se não trabalhar, eu não posso ficar pajeando você...
" Foi assim que eu me habituei a trabalhar quase sem nenhum descanso. Como é que eu ia parar?!
Certa vez, os espíritos que me assediavam me levaram a ficar de cama: comecei a tremer, ter febre alta, e não era doença nenhuma.
Ainda bem que, de modo geral, a Humanidade vive alheia a influencia mais incisiva dos espíritos obsessores, oferecendo obstáculos à sintonia com eles, pois, caso contrário, a casa mental dos homens seria invadida...
Por este motivo, explica Emmanuel, os médiuns necessitam de vigilância dobrada.
Hoje, eu já me sinto um tanto mais calejado - as cicatrizes são tantas que os espíritos não encontram mais lugar para bater..." (Risos)
E arremata, bem humorado:
- "Hoje, eu já estou praticamente morto: eles não vão se preocupar com um... cadáver, não é?"

Salve Chico Xavier!

Escrito por Equipe VEG11 , 04 de Julho de 2012 18:41

Os pais da Terra não SÃO nossos pais, eles ESTÃO nossos pais.


Pela visão espírita, todos somos adotados.
Porque o único Pai legítimo é Deus.
Porque a cada encarnação, mudamos de pais consanguíneos, mas em todas elas Deus é sempre o mesmo Pai.
Mas, para entendermos melhor a existência desta experiência na vida de muitos pais, é necessário analisá-lo sob a óptica espírita, sob a luz da reencarnação.
A formação de um lar é um planejamento que se desenvolve no Mundo Espiritual. Sabemos que nada ocorre por acaso. Assim como filhos biológicos, nossos filhos adotivos também são companheiros de vidas passadas.
E nossa vida de hoje é resultado do que angariamos para nós mesmos, no passado. Surge, então, a indagação: “se são velhos conhecidos e deverão se encontrar no mesmo lar, por que já não nasceram como filhos naturais?”
Na literatura espírita encontramos vários casos de filhos que, em função do orgulho, do egoísmo e da vaidade, se tornaram tiranos de seus pais, escravizando-os aos seus caprichos e pagando com ingratidão e dor a ternura e zelo paternos.
De retorno à Pátria Espiritual (ao desencarnarem), ao despertarem-lhes a consciência e entenderem a gravidade de suas faltas, passam a trabalhar para recuperarem o tempo perdido e se reconciliarem com aqueles a quem lesaram afetivamente.
Assim, reencontram aqueles mesmos pais a quem não valorizaram, para devolver-lhes a afeição machucada, resgatando o carinho, o amor e a ternura de ontem. Porque a lei é a de Causa e Efeito.
Não aproveitada a convivência com pais amorosos e desvelados, é da Lei Divina que retomem o contato com eles como filhos de outros pais chegando-lhes aos braços pelas vias de adoção.
Aos pais cabe o trabalho de orientar estes filhos e conduzi-los ao caminho do bem, independente de serem filhos consangüíneos ou não.
A responsabilidade de pais permanece a mesma. Recebendo eles no lar a abençoada experiência da adoção, Deus sinaliza aos cônjuges estar confiando em sua capacidade de amar e ensinar, perdoar e auxiliar aos companheiros que retornam para hoje valorizarem o desvelo e atenção que ontem não souberam fazer.
Trazem no coração desequilíbrios de outros tempos ou arrependimento doloroso para a solução dos quais pedem, ao reencarnarem, a ajuda daqueles que os acolhem, não como filhos do corpo, mas sim filhos do coração. Allan Kardec elucida: “Não são os da consanguinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias”.

DEVEMOS ESCONDER QUE ELES SÃO ADOTIVOS?
Um dos maiores erros que alguns pais adotivos cometem é o de esconder a verdade aos seus filhos. É importante, desde cedo, não esconder a verdade.
Ás vezes, fazem por amor, já que os consideram totalmente como filhos; outros o fazem por medo de perder a afeição e o carinho deles. Quando os filhos adotivos crescem, aprendendo no lar valores morais elevados, sentem-se mais amados por entenderem que o são, não por terem nascido de seus pais, mas sim frutos de afeição sincera e real, e passam a entender que são filhos queridos do coração.
Revelar-lhes a verdade somente na idade adulta é destruir-lhes todas as alegrias vividas, é alterar-lhes a condição de filhos queridos em órfãos asilados à guisa de pena e compaixão.
Não devemos traumatizá-los, livrando-os do risco de perderem a oportunidade de aprendizado no hoje. André Luiz esclarece-nos quanto a este perigo: “Filhos adotivos, quando crescem ignorando a verdade, costumam trazer enormes complicações, principalmente quando ouvem esclarecimentos de outras pessoas”.
Identicamente ao que ocorre em relação aos nossos filhos biológicos, buscar o diálogo franco e sincero, com base no respeito mútuo, sob a luz da orientação cristã de conduta. Pais que conversam com os filhos fortalecem os laços afetivos, tornando a questão da adoção coisa secundária. Recebendo em nossa jornada terrena a oportunidade de ter em nosso lar um filho adotivo, guardemos no coração a certeza de que Jesus está nos confiando a responsabilidade sagrada de superar o próprio orgulho e vaidade, amando verdadeiramente e desinteressadamente a criatura de Deus confiada em trabalho de educação e amparo.
E, ajudando-o a superar suas próprias mazelas, amanhã poderá retornar ao seio daqueles que o amam na posição de filho legítimo.

É CERTO A ADOÇÃO POR CASAIS HOMOSSEXUAIS?
Raul Teixeira responde: “O amor não tem sexo. Como é que podemos imaginar que o melhor para uma criança é ser criada na rua, ao relento, submetida a todo tipo de execração, a ser criada nutrida, abençoada por um lar de casal homossexual? Muita gente assevera que a criança corre riscos. Mas como?
Nós estamos acompanhando as crianças correndo riscos nas casas de seus pais heterossexuais todos os dias.
Outros afirmam que a criança criada por homossexuais poderá adotar a mesma postura, a mesma orientação sexual. O que também é falso. A massa de homossexuais do mundo advêm de lares heterossexuais. Então, teremos de concluir que são os casais heterossexuais que formam os homossexuais. Logo,não devemos entrar nessa discussão que é tola e preconceituosa. aquele que tem amor para dar que dê.”
Amemos nossos filhos, sem cogitar se nos vieram aos braços pela descendência física ou não, como encargo abençoado com que o Céu nos presenteia. Encerremos com Emmanuel: “Recorda que, em última instância, seja qual seja a nossa posição nas equipes familiares da Terra, somos, acima de tudo, filhos de Deus”.