segunda-feira, 8 de julho de 2013

COMO VENCER A INDECISÃO?

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Existem pessoas que tem muita dificuldade de decidir. Já outras, apenas passam por momentos de indecisão. E geralmente isto acontece porque não sabemos que a melhor maneira de decidir, é aquela da qual nós contemplamos os nossos desejos também.
Veja no consultório que na maioria das vezes, esta dificuldade está relacionada a falta de poder pessoal e de amor próprio. É comum, quando vamos decidir por algo, tomarmos por base o que outros querem ou esperam de nós. O que nem sempre é o que queremos ou gostaríamos de fazer.
Portanto, todas as vezes que precisamos tomar uma decisão importante, precisamos perceber onde está o nosso foco. Em quem estamos focando?
Quase sempre quando focamos no outro, frustramos-nos e a outra pessoa não reconhece o que fizemos por ela. Por isso que muitas pessoas expressam seus desejos e suas vontades, mas quando a oportunidade de concretizá-los surge, elas recuam. Em vez de abraçar com garra, sucumbem porque estão apegadas a algo ou a alguém.
Neste caso, precisamos aprender a desapegar. E o desapego não significa negligenciar as relações familiares, de trabalho ou de amizade; é apenas uma sensação interior de liberdade. Essa liberdade da alma tem responsabilidades, mas consegue compreender espiritualmente que tudo na vida passa e que ninguém é dono de ninguém. O sentimento de desapego implica respeitar os direitos das pessoas com quem convivemos e, principalmente, soltar-se para ir avante com nossos próprios sonhos, diz Cristina Cairo em “A Lei da Afinidade”.
Para tanto, é necessário abandonar a carência, pois ela nada mais é do que o medo da solidão. E a dor da solidão nada mais é do que o distanciamento de Deus ou do amor incondicional. O amor verdadeiro liberta as pessoas para que sigam sua jornada, sabendo que encontrarão com quem compartilhar suas crenças e seus sentimentos.
A chave é respeitar os nossos sentimentos e aprender a mentalizar o que temos condições de abraçar. Ou pensar em nós. Todas as vezes que tomamos uma decisão pensando no bem do outro, pode ter certeza que tomamos a decisão errada e consequentemente atrairemos para a nossa vida situações desastrosas. Parece que tudo dará errado.
A dica para decidir é relaxar, meditar e esvaziar a mente. Parar, respirar e sentir apenas o próprio coração. Já dizia o ditado que devemos “pensar com coração”. Claro porque o nosso coração é como se fosse a nossa essência mais pura e verdadeira. E quando acessamos essa verdade, entramos em contato com algo que é favorável para nós sem prejudicar ninguém.
Entretanto, se decidirmos racionalmente, a probabilidade da decisão ser tomada de forma errada é grande. Nossa mente não tem sentimento, ela apenas tem consciência das coisas. Então, é um risco muito grande usar apenas a razão para definir algo. Primeiro que os nossos olhos físicos nos enganam há todo momento, e segundo que vivemos iludidos e apegados. E viver na ilusão do que vemos fisicamente com o que acreditamos ser, está muito longe do que é essencial para a alma. Isto quer dizer que inconscientemente temos muitas coisas escondidas e guardadas que preferimos não mexer, mas que é necessário.
Para finalizar indico que todas as vezes que precisar tomar uma decisão, pense em si também. Reflita o quanto será bom tomar essa atitude, tanto quanto será para os outros. Evite pensar apenas no bem dos outros ou só em si mesmo. Pois quando o peso da balança pende para um dos lados, a chance de alguém sair prejudicado é grande.


Por Cátia Bazzan – Autora do livro Ame Quem Você é – Saiba que a melhor escolha é a sua