E bastam 6 nozes...
...para permitir que seus vasos sangüíneos fiquem
mais relaxados e protegidos contra gorduras nocivas, mandando para longe a
doença cardiovascular.
Está
muito bem guardado, dentro de uma casca dura e resistente, um aliado do sistema
viário que leva o sangue para o corpo inteiro. Estamos falando da noz, a
oleaginosa capaz de beneficiar suas veias e artérias. A constatação é de
pesquisadores do Hospital Clínic e da Universidade Autônoma de Barcelona, ambos na Espanha. Trabalhando em conjunto, os cientistas dessas
instituições notaram que era só incluí-la no cardápio de pessoas tanto com
colesterol normal quanto com taxas elevadas dessa substância no sangue para
verem os malefícios do excesso de gordura de alguns alimentos serem
minimizados.
Os
médicos espanhóis foram detalhistas: eles analisaram as condições do endotélio,
a parede que reveste os vasos sangüíneos, de 24 voluntários quatro horas depois
de terem se refestelado com refeições gordurosas. No fi nal desse banquete
pesado, todos ainda comeram 40 gramas de nozes umas seis, no máximo sete
unidades. Não recomendamos um cardápio cheio de pratos gordurosos a ninguém,
mas, se você ingere esse tipo de comida, pode contra- atacar seus efeitos
consumindo essas oleaginosas, disse a SAÚDE! o
líder do trabalho, Emilio Ros. Rico em gordura ou não, seu menu só tem a ganhar
recebendo essa porção de nozes diariamente.
Depois
de qualquer refeição, nossas artérias tendem a se contrair, explica Raul
Maranhão, diretor do Laboratório de Lípides do Instituto do Coração de São Paulo. A contração, é claro, é muito mais grave se por ali deverão
passar um rio de partículas gordurosas vindas do almoço ou do jantar As nozes,
porém, são capazes de estimular a dilatação dos vasos, minimizando riscos, diz
Maranhão. O responsável pelo relaxamento é o aminoácido arginina, utilizado na produção
do óxido nítrico, uma substância reconhecidamente vasodilatadora, usada
inclusive em hospitais.
As
nozes também apresentam um grande conjunto de antioxidantes, como o ômega-3 e
os polifenóis, diz a bióloga Maria Gomes da Silva, do Instituto de Tecnologia de Alimentos, em Campinas, no interior paulista. Mas você já ouviu falar que
elas são calóricas, certo? E são. No entanto, apesar do alto conteúdo
energético, não há evidências de que levem ao ganho de peso se ingeridas na porçãorecomendada,
ressalta Ros. Assim, está na hora de torná-las parceiras de uma rotina
saudável.
por DIOGO SPONCHIATO