Há
pessoas que defendem a idéia de nivelar as condições de higiene de todos os
seres em todos os quadrantes da Terra.
Todavia,
vale considerar que, nem todos estão em condições de limpar e conservar limpa a
sua casa, seja ela física ou a mental.
O que
queremos dizer é que nenhuma modificação de vulto poderemos esperar nos
cenários da vida física, antes que surjam profundas alterações no mundo moral
dos homens, e isso é uma questão de educação.
Se
colocarmos alguém deseducado para viver num palácio, logo este será convertido
num pardieiro.
Levemos
alguém sem educação para conviver num jardim e este será, em breve tempo,
transformado num campo arruinado.
Entreguemos
a alguém deseducado a guarda de crianças inexperientes e é possível que, dentro
em pouco, deparemos com delinqüentes diversos, pelos exemplos degradantes com
os quais convivem.
Coloquemos
detritos nas mãos de uma pessoa deseducada e veremos como serão espalhados,
provocando enfermidades e outras moléstias.
Por outro
lado, se algum indivíduo assinalado por feliz educação for constrangido a
habitar um casebre, com certeza o transformará em ambiente limpo e agradável,
ainda que pobre.
Perceberemos,
desde logo, que naquela choupana humilde habita alguém higiênico. Veremos as
latas velhas convertidas em vasos de flores, a roupa limpa estendida no varal
singelo, a claridade do sol a inundar os cômodos pequenos e bem arejados.
A pessoa
educada que possua um pequeno terreno árido e sem vida, em pouco tempo o
converterá em pomar excelente.
E se
colocarmos dejetos em mãos bem educadas, estes logo serão transformados em
adubo útil a fomentar colheitas abundantes.
Por fim
concluiremos que se o indivíduo é educado, haverá harmonia ao seu redor e a
recíproca é verdadeira.
De nada
vale buscarmos higienizar nosso planeta sem antes higienizar as mentes dos seus
habitantes com a verdadeira educação, que é o conjunto dos hábitos adquiridos.
Desse
modo, não nos esqueçamos jamais de que a melhoria da casa guarda relação direta
com a melhoria moral do seu habitante.
* * *
Para que
conheçamos a intimidade das criaturas, basta que observemos seus reflexos
exteriores.
Se a
pessoa está em paz, espalha uma aura de paz ao seu redor.
Se está
com a mente atribulada, reflete nos gestos as inquietações da intimidade.
Se ainda
não conquistou os verdadeiros valores morais, anda a braços com a indignidade,
apesar dos esforços empreendidos para que seja uma pessoa de bem.
Assim, "Cada criatura traz na fronte, mas
principalmente nos atos, o cunho da sua grandeza ou da sua inferioridade."Livro: Educação e Vivências cap. I
Adaptado pela Equipe de
Redação do Momento Espírita