Pensamentos obsessivos - Pensar gasta energia, e todos
nós sabemos disso. Ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro
de trabalho físico. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos - mal comum ao
homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando a energia que
poderia ser convertida em atitudes concretas, além de alimentar ainda mais os
conflitos. Não basta estar atento ao volume de pensamentos, é preciso prestar
atenção à qualidade deles. Pensamentos positivos, éticos e elevados podem
recarregar as energias, enquanto o pessimismo consome energia e atrai mais
negatividade para nossas vidas.
Sentimentos tóxicos - Choques emocionais e raiva
intensa também esgotam as energias, assim como ressentimentos e mágoas nutridos
durante anos seguidos. Não é à toa que muitas pessoas ficam estagnadas e não
são prósperas. Isso acontece quando a energia que alimenta o prazer, o sucesso
e a felicidade é gasta na manutenção de sentimentos negativos. Medo e culpa
também gastam energia, e a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os
sentimentos positivos, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a
solidariedade, a auto-estima, a alegria e o bom-humor recarregam as energia e
dão força para empreender nossos projetos e superar os obstáculos.
Maus hábitos - falta de cuidado com o corpo
- Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis, exercícios físicos e o lazer
são sempre colocados em segundo plano. A rotina corrida e a competitividade
fazem com que haja negligência em relação a aspectos básicos para a manutenção
da saúde energética.
Fugir do presente - As energias são colocadas
onde a atenção é focada. O homem tem a tendência de achar que no passado as
coisas eram mais fáceis: “bons tempos aqueles!”, costumam dizer. Tanto os
saudosistas, que se apegam às lembranças do passado, quanto aqueles que não conseguem
esquecer os traumas, colocam suas energias no passado. Por outro lado, os
sonhadores ou as pessoas que vivem esperando pelo futuro, depositando nele sua
felicidade e realização, deixam pouca ou nenhuma energia no presente. E é
apenas no presente que podemos construir nossas vidas.
Falta de perdão - Perdoar significa soltar
ressentimentos, mágoas e culpas. Libertar o que aconteceu e olhar para frente.
Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos, gastando menos
energia ao alimentar as feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o
perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus
caminhos livres, abertos para a felicidade. Quem não sabe perdoar os outros e
si mesmo, fica ”energeticamente obeso”, carregando fardos passados.
Mentira pessoal - Todos mentem ao longo da
vida, mas para sustentar as mentiras muita energia é gasta. Somos educados para
desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos: a mocinha boazinha, o machão,
a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, o mártir e o
intelectual. Quando somos nós mesmos, a vida flui e tudo acontece com
pouquíssimo esforço.
Viver a vida do outro - Ninguém vive só e, por meio
dos relacionamentos interpessoais, evoluímos e nos realizamos, mas é preciso ter
noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse
equilíbrio nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do
outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba
não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso,
é a frustração.
Bagunça e projetos inacabados - A bagunça afeta muito as
pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque legal quando a vida
anda confusa é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa e os documentos,
além de fazer uma faxina no que está sujo. À medida em que ordenamos e limpamos
os objetos, também colocamos em ordem nossa mente e coração. Pode não resolver
o problema, mas dá alívio. Não terminar as tarefas é outro “escape” de energia.
Todas as vezes que você vê, por exemplo, aquele trabalho que não concluiu, ele
lhe “diz” inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou!” Isso
gasta uma energia tremenda. Ou você a termina ou livre-se dela e assuma que não
vai concluir o trabalho. O importante é tomar uma atitude. O desenvolvimento do
auto-conhecimento, da disciplina e da terminação farão com que você não invista
em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão seu tempo e
energia.
Afastamento da natureza - A natureza, nossa maior fonte
de alimento energético, também nos limpa das energias estáticas e
desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes
doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energia. A
competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse
quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em
suas energias vitais.
Antonio Rodrigues Nery