domingo, 12 de maio de 2013
O PRINCÍPIO DA DESPEDIDA TERRENA DA MÃE
Para minha filha
Minha querida menina, no dia que você perceber que eu estou envelhecendo, eu lhe peço para ser paciente, e acima de tudo, que tente entender pelo que eu estarei passando.
Se quando conversarmos, eu repetir a mesma coisa dezenas de vezes, não me interrompa. Peço-lhe o favor de apenas me ouvir.
Tente se lembrar de quantas vezes na sua infância eu li a mesma história, noite após noite, até você dormir.
Quando eu não quiser tomar banho, não se zangue e não me encabule. Lembra-se de quando era criança e eu tinha que correr atrás de você dando desculpas e tentando colocá-la no banho?
Quando você perceber que tenho dificuldades com novas tecnologias, me dê tempo para aprender e não me olhe de um jeito estranho.
Lembre-se, querida, de como eu pacientemente ensinei a você muitas coisas. A comer direito, a vestir-se, a arrumar seu cabelo e a enfrentar os problemas da vida todos os dias.
O dia que você ver que eu estou envelhecendo, eu lhe peço para ser paciente, mas acima de tudo, que tente entender pelo que eu estarei passando.
Se eu ocasionalmente me perder em uma conversa, dê-me tempo para lembrar e se eu não conseguir, não fique nervosa ou impaciente. Apenas lembre-se, em seu coração, que a coisa mais importante para mim é estar com você.
E quando eu envelhecer e minhas pernas não me permitirem andar tão rápido quanto antes, me dê sua mão da mesma maneira que eu lhe ofereci a minha em seus primeiros passos.
Quando esse dia chegar, não se sinta triste. Apenas fique comigo e me entenda, enquanto termino a minha vida com amor.
Terei sempre gratidão a Deus pelo tempo e pela alegria que compartilhamos.
Minha querida filha, com um sorriso e o coração repleto de amor, eu apenas quero dizer que amo você.
* * *
Os pais são instrumentos de Deus que nos permitiram a experiência carnal.
São eles que nos ofertaram o corpo físico do qual nos servimos para a caminhada evolutiva.
Devemos ser eternamente gratos por essa oportunidade do renascimento e também por todos os gestos de abnegação e sacrifício que nos ofereceram ao longo da vida.
A ingratidão dos filhos para com os pais é um dos mais graves enganos que o espírito pode cometer na sua caminhada.
Quando nossos genitores não tiverem mais a mesma capacidade física, os mesmos reflexos e a mesma disposição de outros tempos, procuremos nos adaptar a essa nova realidade.
Busquemos nos esforçar para compreender os limites que a idade avançada impõe a eles e aceitemos essa situação com paciência e tolerância.
Auxiliá-los com renúncia, devotamento, carinho e respeito é forma de externarmos a nossa gratidão.
A permanência de nossos pais junto a nós até a velhice, com certeza, é parte do planejamento divino.
Procuremos, então, envolvê-los com amor e entendimento, dando-lhes a mão enquanto podemos.
Redação do Momento Espírita, com base em texto inicial,
de autoria desconhecida.
Em 6.5.2013.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário